quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

SUCO DA LARANJA


Copo na mão, aperto na alma!
Mãos trêmulas que sangram
A miséria demente da solidão
Onde habita nosso medo...

Copo na mão!

Veia que dilata na perícia insana.

Gole doce, nosso amargor!
Veia que dilata,
Bebida consumida
Numa profunda lascívia
Que masturba a mente.
Bebida engolida, destilada...
Prostituindo os pensamentos!

Copo na mão que treme deixando pingos marcados no chão...

(Sei que os limões estão maduros, mas quero beber o suco da laranja.)

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O anoitecer em frente de minha casa...