- Hei!
Você ai!
- Hei!
Diga alguma coisa!
- Hei!
Diga alguma coisa!
- Hei!
Diga algo...
Na poesia, métrica, rima e verbos se
misturam aos tomates sobre a mesa,
todos já embolorados.
No acento de uma cadeira um gato
dorme sossegado, vestindo seu pijama
de bolinhas azuis.
E a mídia visual insiste, repete o programa
diurno sempre no período noturno. Ou
seria ao contrario?
O copo de água na mão reflete a luz de uma
lâmpada de sessenta wats. E no espelho
posso ver a Mona Lisa sem os dentes...
Tudo começou quando lançaram a bomba.
- O homem foi à Lua?
Eu fui à missa e doei cinqüenta centavos.
Creio que paguei alguns pecados.
Nada pude fazer para salvar aquela formiga que esmaguei...
Devo jogar fora "aquelas" laranjas que estão sobre a mesa.
"Elas estão mofadas".
- Não eram tomates?
Um comentário:
Esta poesia foi divulgada primeiro como ensaio no Fanzine Fotossíntese Evidente, ano de 2002; Publicada no Livro "Os Gomos da Bergamota" ano de 2006
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