Erguida imponente,
Pilar de madeira viva!
Exalando perfume e sombreando cabeças...
Ramos e parasitas que te adornam
Escondem um pardal que voa e volta!
Árvore gigante vestida de folhas...
Ingrato homem que te tomba!
"Coitada" é cortada e vira matiz pintada na moldura
Daquele que segura um machado na mão...
Uma árvore caída no chão e muitas casas
Construídas para a civilização!
Assim, na história de era uma vez...
Erguida imponente!
Uma única árvore ainda vive!
Esperando um novo pensar nas cabeças!
"-Quem sabe uma nova civilização!"
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
domingo, 21 de julho de 2013
Os gomos da bergamota
No começo...
Assim
ponderei!
Os
gomos da bergamota
Tudo que sinto traduz minha ignorância. Posta em minha
frente como reflexo no espelho, nada parece traduzir esta sensação, nada parece
trazer-me a paz. Além disso, fico tentando justificar aquilo que deveras sinto
como se houvesse alguma compreensão natural. Resumidamente, sinto tudo como um
resgate da consciência infinita. Sei que não somos apenas carne, tão somente
busco a divindade dentro do meu ser. Como todo bom pensador também estou á
procura do eu. Aquele que pergunta. Aquele que chora. Aquele que ri. Aquele que
beija. Aquele que afaga. Aquele que crê. Aquele que sente... Aquele que
pergunta sobre o que escrever.
“Pude ouvir o som que vinha com o vento, ele
acariciava meus ouvidos, dava aos meus sentidos um prazer indescritível...”
-Sem compreensão. E continua...
“Pelo vidro da janela pude espreitar a aurora
colorindo o céu, dando aos que para ela olhavam a alegria de sentir os
primeiros raios de Sol... Uma radiação contagiante, aquecendo o corpo e a
alma...”
-Meu pecado!
“No pomar o arvoredo ainda úmido pelo sereno, escondia
mistérios que os sentidos não alcançavam, tão pouco, ousava eu penetra-los.”
-Medo!
O destino na sua trajetória buscou meu caminho, foi
como um conto de fadas aquela revelação e não pude conter nem um dos
acontecimentos, pois, eles determinaram a visão daquilo que sou em essência,
indubitavelmente, nada havia para ser feito, somente vivenciar cada momento e
aprender. Talvez a única certeza que havia, fosse a de que somente o
conhecimento pudesse resgatar as minhas lembranças. Era o que pensava.
Todos os dias eu chegava mais perto. Percebia, ela
estava esperando a hora em que eu a tocasse. E não demorou a tudo acontecer,
meu braço foi puxado quando minha mão tocou o véu, aquele rosto misterioso
sorriu... Senti um prazer incomum! A voz que entrou em meus ouvidos trouxe
calma. Mesmo quando as nuvens cobriram o Sol formando figuras escuras, medonhas
formas hipnóticas mergulhando no cérebro, refugio daqueles códigos e enigmas,
há muito perdidos. Foi quando a mão, repentinamente, começou a decodificar cada
sinal, cada momento...
A mulher estava nua. Eu toquei cada parte dela e senti
todas as sensações que ela sentia, pude dormir e sonhar seus sonhos, enquanto,
ao longe o sino tocava clamando pelos seus fiéis. Percebi então que a solidão
caminhava junto com todos, e, naquele instante somente eu rezava, somente eu
ouvia a voz de Deus, ninguém notou quando as presenças do Sol, da Lua, das
árvores e da água se manifestaram permitindo que Deus anda-se em meio das
mulheres e dos homens. Foi quando minhas lágrimas mataram minha sede e aos
poucos os escombros viraram relva florida e macia...
Foi quando lembrei uma oração que mamãe havia me
ensinado, fiquei ali sentado rezando, enquanto, os monstros me cercavam
causando dor, materializando cristais dentro de meu corpo. Fechei os olhos e
passados o movimento da ampulheta, senti o cheiro das flores, uma brisa suave resvalou
em minha pele que se arrepiou, pétalas de rosas cobriram meu corpo nu. Crianças
brincavam de roda e convidavam-me para brincar... Olhei para o lado e lá
estava... “- era uma presença sem adjetivos...” Diante todos beijei aqueles pés
delicados e sua mão me conduziu. Tudo se revelou...
Somente uma pergunta havia!
Diante de uma porta eu parei por alguns instantes e
ficou claro que era preciso coragem para entrar! O medo, as dúvidas, a solidão seriam formas para
encorajar a busca da luz e ao mesmo tempo motivo para ficar inerte diante da
vida, isto eu sabia, pois já havia lido isto nos livros que me rodeavam... Parado diante da porta agora estava...
-Mas os olhos estavam abertos!
Foi nas ultimas horas do dia. Ainda faltava descobrir
qual igreja tocava o sino e o que escondia aquele prédio antigo de arquitetura
simples. Ao abrir a porta uma senhora veio abraçar-me, ela agora estava sem seu
habitual capuz, depois, conduziu-me por um corredor e em cada porta nós
paramos... Ela me apresentou a todos que lá estavam... Eu reconhecia cada um
deles presentes naquele lugar familiar!
Ela então disse com voz serena...
-Tenha coragem!
Não era mais real aquilo tudo. Pensei!
Lembrei minha infância. De quando voltava da escola e
na sombra do arvoredo me empanturrava de tanto comer bergamotas. Das estórias
de meu avo, das coisas da vida que teimamos em dizer ser nossa sapiência. Esta
nossa saudade! E assim cada gomo transformou-se... “- Poesia!” No mesmo instante percebi que ainda haviam muitas
reticências desenhadas em minha mente e seria necessário as ponderações que
talvez em um futuro não distante poderão elucidar minha ignorância.
Pinga pinga
Pingo d’água
Pinga sem parar
Um mistério a desvendar... “Vestígios inexplicáveis onde as ponderações lúcidas, técnicas ou científicas, não elucidam. Somente o silêncio é que produz eco, sinos surreais, entoando mantras sagrados e conhecidos que fingimos não entender. Ignoramos nosso coração e decoramos canções. Quando somente bastava olhar para o lado, bastava apenas dizer...”
Seios
Fartos mamilos que avolumam
Dois formosos montes no decote,
Deixando o amor sem consorte
Nos olhos desejosos que reclamam!
Nem todos podem ser iguais a este,
Tão pouco, os versos que explicam
Podem dizer da beleza que ostentam;
Somente o homem sabe de seu deleite...
Mamas róseas que balançam...
No movimento único... Um instante!
Quando as mães amamentam,
O suco vindo do leite,
Floresce o amor dos que desejam!
- E dos seios, vem tudo que se sente...terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Nada mais...
- Vejo claro na parede um retrato colorido.
Mas percebo que ninguém mais esta olhando o retrato.
Estamos sozinhos... E eu te desejo!
- Quero mais! Quero estar dentro do retrato!
Quero sentar na cadeira e ti ver nua... ti ver nua!
Apenas olhar teus olhos e teus seios!
- Quero mais! Quero tocar-te!
Quero segurar teu seio direito e beijar tua boca!
Apenas sentir novamente aquilo que já senti quando tudo começou...
Sou apenas mais um insano que imagina um desejo...
- Mas como conter estes devaneios?
Delírio que cavalga os tempos... pois já vivemos isto!
(Havia naquele lugar apenas eu e você!)
Sei que ontem eu bebi! Mas lucidez para quê?
Nada mais interessa! Apenas quero continuar iludido...
Quero apenas continuar vendo o retrato... Nosso retrato na parede vazia!
- Nada mais!
Mas percebo que ninguém mais esta olhando o retrato.
Estamos sozinhos... E eu te desejo!
- Quero mais! Quero estar dentro do retrato!
Quero sentar na cadeira e ti ver nua... ti ver nua!
Apenas olhar teus olhos e teus seios!
- Quero mais! Quero tocar-te!
Quero segurar teu seio direito e beijar tua boca!
Apenas sentir novamente aquilo que já senti quando tudo começou...
Sou apenas mais um insano que imagina um desejo...
- Mas como conter estes devaneios?
Delírio que cavalga os tempos... pois já vivemos isto!
(Havia naquele lugar apenas eu e você!)
Sei que ontem eu bebi! Mas lucidez para quê?
Nada mais interessa! Apenas quero continuar iludido...
Quero apenas continuar vendo o retrato... Nosso retrato na parede vazia!
- Nada mais!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
CORPO MORTO...
Moribunda pessoa que fui neste derradeiro cemitério
que a realidade determina. Nesta imagem visível pelo espelho...
Póstumas todas as minhas obras, já que minha consciência
ainda padece... Não houve nem uma prece. Nada pode mudar
esta antiga existência morta.
Inúmeras vidas justificam minha decadente vontade
de continuar a morrer...
Sempre deixando para depois aquilo que de verdadeiro
parece ser meu querer... Sacrifício e demérito os motivadores
desta agonia.
- Tudo parece um erro!
Como beijar agora se apenas meus desejos cobram outra presença?
Se fosse tão somente desejo, aquilo que agora quero.
Mas parece intransponível a barreira deste mistério!
Neste questionamento ansioso e possesso, persigo
meus rastos buscando minha constância. Uma procura cega!
Na retina gravada, uma visão permanente entre desalinhos e desgostos,
do contido desejo, minha tortura...
Fico na sombra do arvoredo degustando bergamotas congeladas
pela geada, contudo, posso sentir que a chuva esta próxima...
- Mas não basta!
Os cristais brilham nas entranhas cobrando impostos altos
pela raridade de suas existências, concordo com isso, por conseguinte,
morro um pouco cada dia...
Como outrora nada faço! Nada posso fazer...
- Apenas dizer que te amo!
( Mesmo antes de nascer...)
Na lapide, coberta pela penumbra, apenas as letras
mórbidas de nomes sem significados. Assim as palavras,
gestos, formas e atitudes, afloram sem nem uma propriedade.
Sem consciência persigo a languidez do teu andar.
Coisa inútil os conceitos que encontramos...
Para dizer que amo!
E morro todos os dias...
MINHA CARNE!
Carne estirada sobre os lençóis
Exalando a morte que não tardará.
Degeneração de uma constância
Única e cobiçada... - A felicidade!
Nas dobras surreais
O Vermelho transpira.
Pulso cardíaco, palpitando...
Despertando o nosso libido!
Assim todo corpo e todo "falo"...
Sucumbem duros e erguidos
Uma chance de serem "menu"...
- Na volúpia de todos os dias!
Absurda forma "transluzente"
Da carne que se estende,
Enrugando, apodrecendo e morrendo...
- Não tardará! Esta minha carne!
sábado, 19 de maio de 2012
SEGREDOS...
Escrevi um ponto.
Você sabe dizer o que meus olhos vêem quando te vejo nua?
Quando aperto tua mão...
Quando fico em silêncio...
Quando escrevo a palavra Segredo! Qual pensamento estou sugerindo para tua compreensão?
Assim percebemos nossa frágil condição de sermos humanos... nada dá certeza. Apenas especulação e conjecturas sobre aquilo que pensamos ou dizemos.
Mas qual pensamento sugere estes escritos? Apenas minha vontade de dizer.
-Você acredita?
-Pois de fato, isto importa?
Seria o maior segredo esconder minha vergonha ao te mostrar meu corpo nú!?
Seria o maior segredo esconder meu medo quando te matei!?
Seria o maior segredo esconder meu orgulho quando eu te roubei!?
Seria o maior segredo esconder minha ilusão quando me apaixonei por ti!?
Seria o maior segredo esconder minha vaidade quando escondi isto tudo de ti!?
E agora que sabes que menti, roubei, matei e senti vergonha... o que pensaria?
Quais segredos eu ainda poderia esconder? Quantos segredos podemos guardar?
No final o que você realmente não sabia, considerando que somos iguais?
Justifico!
Este é o verdadeiro segredo...
Você sabe dizer o que meus olhos vêem quando te vejo nua?
Quando aperto tua mão...
Quando fico em silêncio...
Quando escrevo a palavra Segredo! Qual pensamento estou sugerindo para tua compreensão?
Assim percebemos nossa frágil condição de sermos humanos... nada dá certeza. Apenas especulação e conjecturas sobre aquilo que pensamos ou dizemos.
Mas qual pensamento sugere estes escritos? Apenas minha vontade de dizer.
-Você acredita?
-Pois de fato, isto importa?
Seria o maior segredo esconder minha vergonha ao te mostrar meu corpo nú!?
Seria o maior segredo esconder meu medo quando te matei!?
Seria o maior segredo esconder meu orgulho quando eu te roubei!?
Seria o maior segredo esconder minha ilusão quando me apaixonei por ti!?
Seria o maior segredo esconder minha vaidade quando escondi isto tudo de ti!?
E agora que sabes que menti, roubei, matei e senti vergonha... o que pensaria?
Quais segredos eu ainda poderia esconder? Quantos segredos podemos guardar?
No final o que você realmente não sabia, considerando que somos iguais?
Justifico!
Este é o verdadeiro segredo...
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O anoitecer em frente de minha casa...